Parlamentares a favor e contra o prosseguimento do processo de impeachment comentaram o resultado. O repórter Júlio Mosquéra traz as informações direto de Brasília.


Era muito intensa a movimentação no salão verde. Muitos deputados davam entrevistas, passando informações. Os deputados de oposição comemoraram e os deputados governistas estavam cabisbaixos. Mas o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que não está tudo perdido não, que eles vão fazer muito esforço para tentar reverter essa derrota no Senado.
O presidente do PMDB, o senador Romero Jucá, também deu entrevista no salão verde e ressaltou muito toda a legalidade do processo na Câmara e disse que o Senado também vai tomar todos os cuidados para que o processo siga exatamente o rito determinado pelo Supremo Tribunal Federal.
A repórter Giovana Teles traz as informações do salão negro. O resultado foi pior do que o governo esperava. Nos últimos dias, a gente acompanhou a movimentação dos dois lados, de governo e oposição, na tentativa de conseguir mais votos para a votação no plenário. Mas o governo reconheceu que já estava perdido, jogou a toalha antes de chegar ao voto de número 300. Quem falou isso primeiro foi um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Orlando Silva.

“O que se chama de um golpe parlamentar. Aqueles que desde de outubro do ano passado, não aceitam o resultado eleitoral e montaram uma maioria parlamentar para cassar este mandato. Nós vamos resistir a isto. Nós vamos lutar muito no Senado. Reapresentar a defesa da presidenta e vamos continuar conversando com a sociedade brasileira. Nós não queremos trocar o voto direto de 100 milhões de brasileiros por uma eleição indireta dentro de um parlamento com todos os tipos de acordos que se sabe que acontece”, destaca o deputado Henrique Fontana, PT-RS.
“Todo esse processo foi avalizado em duas situações pela corte constitucional, o STF, e depois voltou para a Câmara todo o esclarecimento em relação ao rito do impeachment. E a ampla maioria, bem superior ao número de 342 votos necessários, abriu o processo de impedimento da presidente Dilma na Câmara e no Congresso Nacional. Portanto, é legítimo, é constitucional, é legal e ela será destituída do cargo de presidente da república por crime de responsabilidade”, afirma o deputado Mendonça Filho, DEM-PE.